quarta-feira, 11 de setembro de 2013

De lagarta à borboleta

Aquela borboleta já foi uma lagarta. E os humanos tinham nojo dela, nojo. Era apenas uma lagarta. Comendo folhas.
De vez em quando, ela queimava alguém. Era o mínimo que fazia para se defender. Mas depois disso, chorava. Não gostava de machucar ninguém.
E os humanos ainda tinham nojo dela, nojo. Até que um dia, a borboleta entrou numa casa. Desconhecida, mas que era feita por ela mesma.
A casa foi um abrigo. Ela teve tempo para si mesma. Pensou na vida… Leu três ou quatro livros. Escreveu dois poemas. Chorou, sorriu, consigo mesma. Se isolou um pouco do mundo, e isso fez bem para ela.
Um belo dia, acordou com um par de asas. Eles já estavam crescendo antes, mas estava muito focada em chorar, e não viu as coisas boas que lhe aconteceram. Eram par de asas azuis. Lindas asas azuis.
E ela voou, para longe, bem longe dos humanos que antes, lhe achavam algo desprezível. Mal sabia que ela, agora era invejada e apreciada por todos. 


Escrito por Taiane Sena.

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